sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Construção da P-56 foi anunciada pela Petrobrás

Petrobras assinou nesta terça-feira (30/10), o contrato de construção da plataforma semi-submersível P-56, destinada à antecipação da produção do Módulo 3 do campo de Marlim Sul. A nova unidade será uma cópia da P-51, a primeira do tipo semi-submersível totalmente construída no Brasil. O contrato, com o Consórcio FSTP (Keppel Fels e Technip), no valor de US$ 1 bilhão e 200 milhões, inclui os serviços de engenharia, suprimento, construção e montagem da plataforma (casco e planta de processo).

A obra envolve mais dois contratos, que serão assinados quarta-feira (31/10). Um para o fornecimento e montagem dos módulos de compressão de gás, no valor total de US$ 141 milhões 400 mil, com a Nuovo Pignone S.p.A., e outro para fornecimento, montagem, operação e manutenção dos módulos de geração elétrica, no valor total de US$ 139 milhões 780 mil, com a Rolls-Royce Energy Systems Inc. e UTC Engenharia S.A..

Para a construção da P-56 foram contratadas as mesmas empresas responsáveis pela P-51, já que um projeto é cópia do outro, o que vai permitir a antecipação da produção em Marlim Sul. Com a adoção desta estratégia de aproveitamento de um projeto de plataforma de produção existente vai ser possível a recuperação da produção, em função do atraso nos projetos da P-55 e P-57, cujas licitações tiveram que ser canceladas por preço excessivo. Este reposicionamento de porfólio, antecipando o projeto de Marlim Sul, evidencia a capacidade de resposta da Petrobras na gestão de seus ativos de exploração e produção.

Esta estratégia considerou também o aproveitamento da atual mobilização dos fornecedores com redução nos prazos e nos custos do projeto, uma vez que os desonera de gastos com adequação de infra-estrutura de estaleiros, contratação e capacitação de mão-de-obra especializada, entre outros.

A P-56 ficará posicionada em águas de 1.700 metros de profundidade e a, aproximadamente, 124 km do litoral. Com capacidade para processar e tratar diariamente 170 mil barris de líquidos, 100 mil de petróleo de 16º API e 6 milhões de metros cúbicos de gás natural e de injetar aproximadamente 280 mil barris de água no reservatório, a P-56 vai operar ligada a 22 poços, sendo 11 produtores de petróleo e gás e 11 para injeção de água. A plataforma pesará 50.000 toneladas, terá 110 metros de largura e de comprimento, 125 metros de altura e está dimensionada para operar por 25 anos.

Esta unidade de produção, que será uma das maiores do seu porte no mundo, deverá entrar em operação comercial no final de 2010, contribuindo para que a Petrobras atinja as metas de produção de petróleo e gás do Planejamento Estratégico.

Os três contratos para a P-56, a exemplo da P-51, asseguram que a execução dos serviços de engenharia, construção dos módulos de equipamentos, construção do casco, do topside e a integração dos módulos ao casco serão obras executadas no País, o que deverá gerar mais de 4.800 empregos diretos. Este será o segundo casco de semi-submersível a ser totalmente construído no Brasil, especificamente no Estado do Rio de Janeiro.

Além disso, o requisito de conteúdo nacional mínimo (já utilizado com sucesso na P-51) para a construção da P-56, que representa 60% do topsides (parte superior da plataforma) e a construção do casco no Brasil, permitirá a criação de um número significativo de empregos indiretos, cerca de 20 mil, para apoio aos serviços de engenharia, construção e montagem, garantindo a continuidade e a sustentabilidade da indústria naval brasileira e de bens de capital.

Fonte: Via6

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